Pequeno

É inevitável, que se tanto se fez

que se tanto se deu

Ó, Senhor, o coitado

 

Você mesmo

você que, de tão tolo, se percebe

como se um Deus fosse.

 

É inevitável que sofras,

e que lamentes a morte

daqueles que são

os seus pobres amigos

 

Que a vida se faça,

matando as verminoses alegrias.

 

Que a vida se faça do jeito dela,

A obrigar você, tão potente e generoso

a abandonar suas esperanças.

 

Ilusões, as esperanças

comem as folhas do futuro,

presenteando-as.

 

É inevitável a morte

que evita a vida,

mas dela se faz.

 

Ponte, amor ao fim

Poste, enfim lumiar

Porto, você chegar.

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