A Dor Quimera
Não sou do amor a espera.
Meu perdão, a dor quimera
que busca insensata
no lusco fusco paixão
o que alija
o relógio do tempo
Sorrir em plena primavera
Que busca inacabada é esta
que me desprega os botões?
Que corte, que formas, que bela
é o alvo de meus canhões
doce floresta calma
balança carinhosa as folhas
em ventos secos
Ecos do seu verdor voejam
e pairam no ar
sibilas borboletas
joaninhas e abelhas.
Surge num instante
e some quando acaba.
Este fogo, Prometeu
esta brasa não consola,
mas liga o motor da natureza
esta forma não te apraz,
mas é assim que acontece
com os jovens e os velhos.
Só os apaixonados podem ver
que há beleza,
que os outros estão cegos.
Deixe um comentário