A VIDA QUE NÃO É MAS É
Quem deu a mim a poesia?
quem me fez melhor que antes?
Quem sabe foi um rio de mortes
quem sabe foi uma chama que eu chamei de mãe.
Pensava que seria bom:
Quem dera se fosse azul
toda a paz deste planeta
num parto, nunca dor
sem vermelhos que não choram, sangram.
Seria calmo sonhar
seria, seria, seríamos ar
mas não seríamos nada
Que tem tudo que de belo encanta
vi que é fundo o poço que nos aumenta
e nos arbustos cresce a esperança.
A manhã não será virgem
As pulsões serão de flores,
ou não serão pulsões
As pulsões de um bate-que-bate
cores… figos… doces…
O mole cantar de um arrepio-pássaro
juba de abelha acesa ao sol
danças das nuvens de gente…
outubro 19, 2013 às 8:52 pm
Que bonito!:)
outubro 23, 2013 às 12:31 am
Lindo.